sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Fados D'intigamente II

Com já vem sendo hábito das sextas-feiras, aqui dedico este espaço á divulgação de fados que eu ouvia em pequeno e que em jeito de pequena homenagem a quem os escrevia e também cantava, aqui os transcrevo. Se houver atropelos ás letras originais, as minhas sinceras desculpas, mas é assim que as recordo.

O Sapateiro Evaristo
Foi por dever certo dia
Velar um pobre de Cristo
Lá na sua freguesia

Porém por combinação
Tudo às tantas desandou
E só entregue ao caixão
O Evaristo ficou

Mal o pobre adivinhava
Que o tal defunto afinal
Era uma partida brava
Em vésperas de Carnaval

Ao ver-se assim sozinho
O sapateiro coitado
Prá aproveitar o tempinho
Bate sola e canta o fado

Erguendo a tampa ao caixão
Nisto o morto se levanta
E diz-lhe oh meu parvalhão
Quem vela mortos não canta

Não se atrapalha o Evaristo
E com quanta força tinha
Pega no martelo e vai disto
Manda-lhe com ele á pinha

E agora se a sério morreres
Diz-lhe isto e depois abala
Toma lá que é para saberes
Que quem está morto não fala

1 comentário:

BBBBBBBBBBBB disse...

A pedido de muitos bloggistas queremos mais fados de antigamente