segunda-feira, 1 de março de 2010

Deixem-se disso

Que diriam de um gajo, que a despeito das quantidades de cerveja ingerida, corresse para casa a dias estipulados, ou, pior ainda, se juntasse a uma multidão de outros gajos, sendo, como consequência dessa actividade, empurrado, apalpado e sujeito a outras indignidades muito pouco compatíveis com postura do verdadeiro macho, digo mais, uma atitude completamente abichanada, digna dos mais empedernidos afagadores do ciclope esguichante.
Quantas quecas ficaram por dar (muitas com benefício para o vizinho do lado, o colega de trabalho ou o simples transeunte alheio e desconhecedor da razão da crica palpitante que se lhe ofereceu naquele dia) apenas no intuito de ir ver gajos de calções e camisola (mais abichanado não consigo descrever).
A situação piora quando acontece algo transcendental e quase místico, e para mim incompreensível, em que todos (aqueles que optaram por tal actividade) se abraçam num frenesim digno de um festival de adoradores do rolo de carne.
E isso tudo desencadeado pelos tais “adorados” protagonistas de tal aviltante espectáculo, que aquando da conclusão de um determinado objectivo se abraçam tirando as camisolas (com sérios riscos) e exibem os torsos suados (ARRRRGGGGHHHH)…
Como se não pudesse piorar, a abichanada actividade ainda serve de pretexto para, nos dias seguintes, promover reuniões entre muitos dos rabetas participantes passivos (e alguns activos) de tal depravada actividade onde se discute, pasme-se, os méritos (como se houvesse algum mérito) de cada um dos participantes em tal desfile de rotos. 
Por tudo isso e mais algumas coisas que o meu estômago não deixa descrever, Caros Dolvirans, deixem-se de futebóis.

1 comentário:

MLatino disse...

Caro Dolviran,
Com uma discrição tão pormenorizada e conhecedora, fico a pensar se não será sócio, anónimo e/ou disfarçado, do Benfica ... heheheheh